Mulheres, crises e expectativas

É preciso saber viver! O refrão da música dos Titãs é mesmo uma lição de vida. Com o passar dos anos, teoricamente, as pessoas deveriam ficar mais experientes e maduras e, assim, curtir da melhor forma possível cada fase de sua existência.

Porém, na prática não é bem assim que acontece pois com as influencias culturais e a ditadura da beleza imposta pela mídia a qualquer custo, muitas mulheres se preocupam muito com a idade, com as regras, com os deveres e não na forma como vivem. Existem alguns chavões muito explícitos, como: aos 30, precisa casar; aos 40, estar realizada profissionalmente.

Caso fuja desses “padrões”, corre o risco de ser rotulada como mal-amada e frustrada. E são dessas cobranças que se originam as famosas crises da idade, pois embora sejam cobranças sociais muitas vezes elas também existem dentro de casa na intimidade ou com as amigas. Por conta dessas cobranças muitas mulheres não conseguem pensar direito sobre o que realmente querem na vida.

Geralmente, a crise existencial chega ao ápice da vida quando a pessoa dá um tempo para fazer o balanço das metas cumpridas, incluindo, filhos, marido e estabilidade financeira. Os conflitos são inúmeros como por exemplo: com 30 anos, carrega a crença de que não é mais jovem, por isso está perto da data limite para subir ao altar. Com 40, teme não ter mais filhos e nem ser realizada profissionalmente.

E é aos 50 que enfrenta a pior das crises, pois está diante da proximidade da velhice, por conta dos cabelos brancos, das ruguinhas indesejáveis e da beleza que se transformou.

Cuide da alma para que ela cuide de seu corpo.

Essas são apenas doutrinas aprendidas e alimentadas desde a infância. O grande segredo para que estas questões não afetem a vida, consiste em focar primeiramente em você, em seus sonhos, determinando objetivos aliados a uma qualidade de vida sem pensar em padrões culturais, regras ou crenças sobre a idade.

Não há idade para ser feliz. O que é prioridade, essencial em sua vida? Se a prioridade é ter filho, coloque as suas energias nessa missão. Converse com o parceiro. E no caso de ainda não ter um, veja se vale à pena investir na adoção, mesmo solteira.

O importante é cumprir a meta imposta a você. Não se deixe influenciar pelo passado para não desenvolver uma depressão. Fuja das lamentações e corre atrás do que realmente é importante para você. E se não conseguir sozinho, busque uma ajuda especializada. Boa sorte!


Faça um comentario

Samanta Marzano

Psicóloga clínica, grafóloga e terapeuta sexual e consultora Master Power

Faço atendimento em consultório e online ministro palestras, realizo treinamentos à empresas, apresento o Programa Dr do Sexo e exerço a função de diretora no CEDES (Centro de Orientação e Desenvolvimento da Sexualidade).

Ouça meu Podcasts